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A Aprendizagem da Técnica / Learning the Football Skills

PORTUGUÊS


A técnica… sem ela não se escrevem poemas, não se compõem melodias, não se executam obras de arte, não se fazem golos, não se conseguem cestos e pontos, não se pode ser bom em nenhum ofício


Ponto assente e consensual... a Técnica no Futebol é fundamental e imprescindível para se jogar bem, se não tivermos atletas com capacidade para receber corretamente uma bola, executar um passe com qualidade, driblar um adversário, rematar com assertividade, dificilmente teremos sucesso no processo coletivo do jogo.


Mas será possível olharmos para a técnica apenas como a execução do gesto de acordo com os critérios mecânicos? É possível dizermos que o nosso atleta é muito forte tecnicamente só através da observação que fazemos do seu contacto com a bola? É possível definir técnica, excluindo ou limitando a componente decisional?


Quantos de nós, temos ou tivemos nas nossas equipas miúdos com um repertório enorme de “malabarismos” técnicos que em situações analíticas revelam uma capacidade tremenda de contornar cones, de fazer cruzamentos com “régua e esquadro” e marcar golos de bicicleta, mas perante uma situação do jogo não têm a mesma eficácia?


O jogo exige uma constante relação e complementaridade entre a técnica e a tática, se por um lado o atleta precisa de ter no gesto o seu “catálogo de habilidade motora” que lhe permite jogar bem, por outro, este só te torna eficaz se apropriado à lógica funcional do jogo.


Assim a necessidade do treino da técnica se resumir a um conjunto de tentativas com uma simples repetição mecânica de movimentos assimilados de forma analítica, parece-nos redutor face à verdadeira essência daquilo que entendemos como Técnica.


Na nossa opinião, treinar a técnica em situações desprovidas de intencionalidade,

sem os constrangimentos característicos do jogo, sem elevada pressão do espaço e tempo, não irá expressar uma evolução do atleta que queremos.


Entendermos que a qualidade do gesto técnico não vai depender só da perfeita realização do movimento com o padrão biomecanicamente padronizado, da assertividade do pé, da coxa e da cabeça, mas sim com a passagem disto tudo para o cérebro e com a sua saída, traduzida na capacidade de resolver o problema de forma eficaz, em função da necessidade e objetivos que emergem no momento.


No processo de treino devemos privilegiar o ensino da Técnica criando cenários de variabilidade e imprevisibilidade para a execução, potenciando ao máximo a realização do Gesto numa adaptação inteligente às situações do jogo, o atleta tem de saber “O que fazer aqui e agora”, é isso que vai condicionar significativamente o “Como fazer”, e ditar a selecção da resposta e a execução do gesto.


Aprender não é ser capaz de repetir o mesmo gesto na perfeição, mas sim perante uma situação, dar uma resposta adaptativa à mesma.


Acreditamos na individualização do Treino, não na sua forma analítica, mas sim no seu potencial complementar, seja na dimensão física, técnica, cognitivas e/ou tática.


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ENGLISH



"The skills… without it you don’t write poems, you don’t compose melodies, you don’t perform art acts, you don’t score goals, you don’t score points in basketball baskets, you can’t be good in any duty"


Settled point and consensual... the skills in football are fundamental and imperative to play well, if we do not have players with the ability to control correctly a ball, pass with quality, dribble an opponent, shoot with accuracy, we will hardly succeed in the collective process of the game.


But is it possible to look at the skills only looking into the action according to the mechanical criteria? Is it possible to say that our player is very strong technically only by observing his relation with the ball? Is it possible to define skills excluding or don't connect it with the decision making aspect?


How many of us have / have had in our teams, kids with a huge repertoire of technical skills that, in analytical (individual) drills show a tremendous ability to dribble cones, to cross with "ruler and square" and score bicycle kick goals, but facing a game situation they can't be so effective?


The game requires a constant relationship and complementarity between skills and the tactical aspect, if on one hand the player needs to have his "catalog of motorical skills" that allows you to play well, on the other hand, this only make you effective if appropriate to the functional logic of the game.


According to that, the need to reduce the skills training to a bunch of attemps with simple mechanic repetition of movements worked under an analitic (individual) way, seems to be reduced according to the true essence of what we understand when we talk about Skills.


In our opinion, training the skills in situations without intentions, without the typical problems that are characteristic of a game, without the high pressure of time and space, won't truly express a development on our player that we look for.


At our sight, the quality of skills won't depend only on the perfection of the action with the right biomechanical pattern, with the the accuracy of the feet, the thigh and the head, but with the transfer from all of this to the brain, going out from there, translated in the skills to solve the problem in an effective way, according to the needs and the objectives that emerge in the specific moment.


In the training process we should privilege the skills teaching creating unpredictable and variable scenarios to the action, potentialize at a maximum level the movements adapted smartly to the game situations, the player needs to know "What to do here and now" and that will influence in a significant way the "How to do it", and settle the selection of the action to execute the movement.


Learning is not to be able to repeat the same action in a perfect way, but according to a specific situation, take a action adapted to that situation.


We believe in the individual training, not in an analitic form, but in its potential as a complement, that can be physical, technical, cognitive and / or tactical.

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